sábado, 12 de setembro de 2020

Destruição familiar



Minha tristeza não se resume apenas a solidão em respeito ao falecimento da minha mãe, mas sim também, ao perceber que estou sozinho em respeito de a Menina Mulher. Observo que és mais educada com os outros do que comigo, é mais atenciosa com os outros, do que a mim, que sou o seu namorado.
Está tudo doendo dentro de mim, onde pensamentos dela, do meu pai, da minha família, dos meus amigos e das minhas experiências estão me martelando por dentro. A Menina Mulher me ignora constantemente; desliga o telefone alegando que a ligação está ruim, ou se ouve, na maioria das vezes não está disposta a conversar comigo. Se outras pessoas ligam para ela, atende com carisma. Quando peço que ligue confirmando a sua chegada, esquece de mim, e por assim, preocupado busco notícias dela com sua prima, afinal, são cúmplices em tudo.
Meu pai, mais uma vez está bêbado. Sua velhice com cachaça, faz com que fale coisas repentinamente, ou que não saiba falar pacificamente, e venha a me tratar como se fosse um dos seus problemas. Estou cansado, estou tristonho, remoendo-me por dentro, guardando as dores para que ninguém fique sabendo. Menina mulher, amo-te muito, mas muito mesmo. Como queria que não apenas eu soubesse disto, mas também o mundo. Sei que muitas das coisas que digo, são perturbadoras, que incomodam muita gente, inclusive a mim mesmo. Desconheço o meu futuro, mas amor, pressinto que a minha conclusão final (Morte) está perto, e sinceramente, não tenho medo dela. Caso um dia eu vá antes do meu pai, por favor, compartilhe as cartas com ele, deixei-o ler os meus desabafos, os meus textos, os quais, ele nunca se dispões a lê-los, e os poucos que leu, considerou como bobagens minhas, que não possuem futuro.


(...)

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