Decima terceira carta

“Olá Menina Mulher, atualmente, no ano de dois mil e dezenove, início a décima terceira carta, onde estamos indo para oito anos juntos. O livro Menina Mulher permanece em desenvolvimento, porém, sua conclusão está próxima. O objetivo do livro será de relatar o que passamos desde o primeiro dia que nos conhecemos, até o momento da experiência que tive com Deus e consequentemente, o descobrimento da gestação da nossa primogênita Dennise. De princípio, o meu desejo era fazer um livro de romance, mas ao longo de seu desenvolvimento, tornou-se um dos livros da saga "Diário de um cristão".

Estamos na metade do ano de dois mil e dezenove e como forma de registro, gostaria de ponderar alguns acontecimentos da minha vida: Aproximadamente, no ano de dois mil e doze, diante da minha dificuldade em prosseguir com os meus estudos acadêmicos, Deus me disse: "— Não temas, Eu estou contigo em todos os teus caminhos, tanto em casa, no serviço, quanto também na faculdade." Aproximadamente, no meio do ano de dois mil e treze, tu ficaste possuída e proferiu as seguintes palavras de maldições: "— Tu sabes quem somos; não temos autorização para entrar em tu, até porquê, não possui dúvidas do existir de Deus; faremos um ciclo de morte em sua família. Mataremos os teus irmãos, o teu pai, a Menina Mulher e depois, quando tu estiveres na lama, zombaremos de ti." - Disseste isto apertando suas mãos ao ponto de feri-las com as suas próprias unhas, posteriormente foste dormir.

Neste período, busquei ajuda com um pastor da igreja que até então, eu frequentava. Ele me disse que não acreditava em possessão demoníaca, que era coisa da minha cabeça, que o meu semblante demonstrava sintomas de anemia aguda, chegou a me recomendar ajuda médica. Passando-se três noites subsequentes de possessão, minha fraqueza era tão intensa que passei a não dar importância para o que de ruim existia em tu.

Na terceira madrugada, ao invés de estar possuída de forma demoníaca, começou a pronunciar o meu nome com uma voz doce e serena. Em toda a minha vida, nem em músicas encontrei uma voz tão meiga (Não era humana); só de ouvi-la encontrei a paz e o descanso que eu precisava. Enquanto a Menina Mulher permanecia dormindo, a voz me dizia: "— Jesus está voltando, Jesus está voltando, Jesus está voltando e a sua volta será em forma de fogo. Busque uma igreja. Placa de igreja não salva ninguém. Eis que o fim dos tempos está próximo. O que aconteceu contigo foi porque Eu assim autorizei. Nem uma folha cai da árvore sem o meu consentimento.”

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Muitos duvidarão

Em dezenove de novembro de dois mil e doze, as nossas brigas continuavam e o desgaste só aumentava. Como ressaltado, as nossas culturas eram opostas, pelo menos era isto que eu pensava ser. "— Thales, eu já te falei que ano que vem vou diminuir as minhas idas as festas, pois vou trabalhar mais e também estarei a iniciar os meus estudos. Se pensas que a minha mudança será motivada aos teus pedidos, é melhor nem tirar o seu cavalinho da chuva." – Fala da Menina Mulher.

Quase no fim da sexta carta escrevi: "parece que tem um demônio entre o nosso relacionamento." Todas as pessoas que as consideravam do bem, eram contrárias ao nosso relacionamento e as que eu considerava como más influências, estas por incrível que pareça, incentivavam o nosso relacionamento.

A Menina Mulher chegou a dizer que tanto a tia dela, quanto as garotas de programa que frequentavam a casa, afirmaram que trocariam as suas vidas por um homem com princípios semelhantes a mim, nisto a Menina Mulher afirmou que passou a possuir a convicção de querer casar comigo e viver do meu lado.

"(...) Não conte as pessoas, pois muitas duvidarão; o importante é que busque uma igreja e que saiba que Jesus está voltando e a sua volta será em forma de fogo."

Por mais, que muitos não venham a acreditar, preciso adentrar no contexto espiritual... Aos poucos os meus olhos espirituais estavam se abrindo e a Menina Mulher seria um dos instrumentos para que isso viesse a acontecer. Eu possuía o hábito de buscá-la em seu serviço, onde um dia após ela dizer que gostaria de casar comigo, demonstrou isto de uma forma totalmente contraditória.

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Não estejais em aflições

Em um sábado de maio, os ventos se tornaram a minha companhia, e o silêncio tornou-se a ser a minha maior inspiração. Antes de vir para a fazenda, em casa, a minha esposa me perguntou o significado do versículo:

1 Coríntios 2: 16. Pois quem conheceu a mente do Senhor, para que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.

No momento do questionamento, não lembrei do versículo, e juntos fizemos sua leitura duas vezes. Perguntei-a o que a motivou a trazer está reflexão à tona, e com um semblante de cansaço, afirmou que tinha sonhado com este versículo. Então, veio-me a seguinte interpretação:

Não existe como descrevemos Jesus, pois sua história não se limita apenas no que está escrito, e já foi comprovado que o seu amor por nós é infinitamente maior do que a nossa capacidade de amar. Porém, Ele continua a sentir os nossos sofrimentos, Ele continua a chorar junto com nós, Ele continua a vivenciar o desequilíbrio emocional junto com nós sabe por quê? Porque ele vive em nós!

Sabem o que Ele faz por nós? Ele nos motiva a continuar carregando as nossas Cruz, Ele sussurra em nossos ouvidos que tudo aqui na terra é passageiro, inclusive o nosso sofrimento. Com um sorriso contagiante, Ele fixa o olhar e nós transmite a seguinte promessa:

"Você não me viu e creu, portanto, bem-aventurado será em meu reino" - (João 20:29 - colocações do autor)

Portanto, não estejais em aflições, pelo contrário, favoreça para que a alegria da tua salvação, transborde e seja contagiante, capaz de atingir o máximo possível de pessoas, elas também merecem conhecer Jesus Cristo através da graça, pois caso contrário, a outra forma que o enxergarão será apenas como Juiz. Amém!

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Duras lembranças

Em dezoito de novembro de dois mil e doze, como de costume, continuei a registrar algumas das minhas desconfianças em relação a fidelidade da Menina Mulher, pois, em uma das suas conversas em rede social, encontrei uma conversa onde ela dizia para um rapaz que morava com a sua tia e com a sua prima.

Conversa vem e conversa vai, eles estavam marcando um encontro, onde ele era de uma cidade próxima de Jaciara e ambos afirmaram serem solteiros. Na conversa o rapaz foi bem objetivo em pergunta-la: “—Você sabe o que eu quero, né? ”  No decorrer da conversa ele respondeu uma das perguntas da Menina Mulher dizendo-a: “— sou Go-go dancing e lutador de Jiu-jitsu em Rondonópolis. “ - Nisso, a conversa virtual esquentou e ambos demonstraram o desejo por um sexo com direito a tudo, inclusive com agressão física.

Já na carta, o meu comentário em respeito da conversa deles foi a seguinte: “— Não tenho o porquê de esconder a minha dúvida em relação à está conversa de vocês. Para mim tem um dedo da Menina Mulher, mas enfim, para não cometer injustiça, optei por guardar a dúvida, até porque, em meio a conversa dos dois, após passarem os números dos telefones, o rapaz tentou levar a conversa adiante, porém, a conversa se encerrou com ele perguntando quando se encontrariam. “

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Isto é fascinante

Nunca soube aonde chegaria, e nem sei para aonde vou. Tudo é um mistério, e isto é fascinante. Não sei aonde irei tropeçar e nem tão pouco o momento em que ajudarei outras pessoas a se levantarem. Desconheço o momento exato da chuva, como também a verdadeira intensidade da luz solar, isso é fascinante. Hoje estou acordado e amanhã neste mesmo horário, o que será de mim? – Esta é a pergunta que me faço todos os dias!

Por muitas vezes me vi insistindo no que as pessoas diziam ser uma perca de tempo. Em muitas situações as pessoas estavam certas, e em outras as minhas determinações comprovavam que não estavam. Sempre fui aluno, e sempre estarei aprendendo. Faço das minhas descobertas, ensinamentos para as demais pessoas.

Sou confuso, porém, Deus não. Possuo medo e me escondo, porém, Deus não sente medo, nem tão pouco se esconde. A muitos mistérios a serem descobertos. Ah se a ciência estudasse a oração e por assim viessem a descobrirem o poder que existe em corações sinceros. Tudo ficaria mais compreensível, inclusive o que se passa comigo.

Sempre precisei de ajuda, e uma das coisas que descobri é que viverei constantemente dependente da graça de Cristo. Orem por mim, assim como estarei constantemente orando por vocês. Estarei sempre pedindo a Deus para que venha a lhes abençoarem, que faça de vossos corações a sua morada, e independentemente do que estejam pedindo a Ele por mim, saibam que o meu sentimento sempre será recíproco, pedindo que lhes deem sempre em dobro. Amém!

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De segunda a segunda

Em dezoito de novembro de dois mil e doze, a Menina Mulher espontaneamente me disse: "— Amor, sabe o que percebi com a discussão que tive com a minha irmã? Que realmente, antigamente eu não sabia aproveitar a vida. Eu queria trabalhar com a minha tia pelo simples fato de poder trabalhar quando quisesse e também, de sair quando bem quisesse. Outra coisa que tanto mudei (graças a você), foi o surgimento do meu lado feminino, onde não tinha motivos pelos quais deveria me arrumar, digo, me arrumar de segunda a segunda e não somente para ir em festas. Obrigada, hoje consigo ver o quanto mudei, mudança está que está me fazendo tão bem."

Realmente, tu mudaste muito minha Menina Mulher. Já faz quase três semanas que tu não tocas no assunto de festas. Isto demonstra o quanto tu não precisas de festas para se sentir bem, afinal, tu estás bem menos estressada e desta forma, ambos conseguimos lidar um com o outro de uma forma bem mais pacífica.

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Parecendo uma zumbi

Após a madrugada do sonambulismo, as dez horas da manhã me desabafei na carta pedindo a Menina Mulher que reagisse, afinal, estava parecendo uma ‘zumbi’ da vida, onde só queria ficar dormindo e o seu semblante era de uma pessoa derrotada.

Questionei-a do porquê de não me ajudar com os afazeres domésticos da minha casa, afinal, quando ia na casa da tia dela, nem lazer tínhamos, onde se não estávamos limpando a casa, estávamos entre as nossas brigas ou caso contrário, ficávamos como expectadores de brigas alheias, afinal, a casa vivia cheia de prostitutas, até porque, a tia dela tirava o seu sustento disto e vira e mecha tinha confusão.

Já as vinte e uma hora, já estando na minha casa, a Menina Mulher me ligou dizendo que queria dormir comigo, pois não sabia explicar o que estava acontecendo, onde na casa da tia dela, já não conseguia mais dormir.

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O primeiro sonambulismo

Dia catorze de novembro de dois mil e doze, em meio a uma enorme carga horária que possuía em seu serviço no hotel e em meio às nossas constantes brigas, ao dormir na minha casa, ela me deu um enorme susto.

Naquele período eu possuía um sono extremamente leve, portanto, acordei as duas horas da manhã e me assustei em ver a Menina Mulher sentada na cabeceira da cama. Ao questiona-la do que estava acontecendo, me respondeu dizendo que possuía o desejo de ver o sol.

Ao ver em seus olhos o quanto estava cansada, aconselhei-a a voltar a dormir, pois faltavam muitas horas para o nascer do sol. Naquele período, em todas as vezes que se deitava para dormir, possuía o costume de balançar as pernas, portanto, assim ela os fez para voltar a dormir.

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