" — (...). Se tu realmente me
amas, verás que ambos estamos errados, que os meus ciúmes até podem estar
elevados, porém, também estão fundamentados em uma cruel realidade. Se não
quiser conversar, entenderei como se resolvesse deixar tudo o que vivenciamos no
passado. Que Deus abençoe o teu caminhar. Se quiser conversar, me liga ou
melhor, tu sabes aonde me encontrar. Jamais desejarei o teu mal. Perdoe-me por
não ser um namorado perfeito, onde os meus desejos são em sempre buscar possuir
mais qualidades do que defeitos, pois, talvez, assim tu enxergarias que lhe amo
do jeitinho que és. Agora, me responde uma coisa? Você quer o término do nosso
namoro?" - Perguntei para a Menina Mulher.
— Esse namoro, para mim, já terminou
faz tempo. Foi maravilhoso enquanto durou. - Respondeu a Menina Mulher.
— Tu se apaixonaste por outro? -
Perguntei.
— Não, não e não. - Respondeu ela.
— Hum, estranho. Confesso para tu, que
estou sofrendo muito. Não possuía a ideia do quanto estava apegado a tu. Não
vejo motivos pelos quais tu possui tanto desprezo por mim, mas enfim, espero
que continue sendo uma grande mulher, como sempre foi. Fico feliz por tu ter
voado, só não imaginava que seria para longe de mim, minha eterna águia. -
Escrevi para ela.
— Estou morrendo de saudades, mas as saudades
servem para sabermos que temos pessoas especiais para sentirmos falta. -
Ponderou a Menina Mulher
— Compreendo. Estou colocando o meu
coração diante de Deus, isto, cada vez mais. Desejando que tudo aconteça
conforme à vontade d'Ele, jamais a minha. - Relatei
— Meu amor, volta para mim. Eu amo
você! Estou morrendo ao passar dos dias, sem você. Volta, por favor! - Pediu-me
a Menina Mulher.
— Ora, não foi você que me disse a uma
semana atrás, que a muito tempo tinha acabado o nosso relacionamento? Não foi
você que me disse que o meu amor por ti, lhe sufoca? - É 'meu coração', está
foi a quarta briga em que tu me deixou de lado e foi vivenciar as emoções que
somente as suas amizades podem lhe conceder. Tu queres ver a quinta briga
acontecer e consequentemente, me ver sofrendo direcionando a culpa
exclusivamente a mim? Tu continuarás dizendo que a culpa se limita ao meu ciúme
obsessivo? Por que tu queres voltar? - Perguntei para a Menina Mulher.
— Eu amo você e ninguém vai mudar isto.
Eu amo você, volta para mim? - Repetiu a Menina Mulher.
— E eu? Será que tu não estás pensando
de forma egoísta? Terei que continuar sofrendo em ser descrito como o único
culpado? - Perguntei.
— Não meu amor. Eu amo você. Volta para
mim, me perdoa. - Enfatizou a Menina Mulher.
— Me diga, sem mentiras e sem ilusões.
Qual foi o motivo em ter terminado comigo? - Perguntei.
— Meu amor, eu amo você. Eu quero você!
- Repetiu a Menina Mulher
— Acho que no mínimo, devo receber uma
satisfação do que aconteceu. Me responda, por que terminou comigo? - Perguntei
novamente.
— Meu anjo, depois que você sair do
serviço, a gente conversa, ok? Mas saiba deste já que eu não consigo viver sem
você. Amo muito você! - Enfatizou a Menina Mulher.
Aconteceu que saindo do meu serviço,
fui de encontro a Menina Mulher. A carta não registra quanto tempo ficamos
separados e nem tão pouco o que escrevi sequencialmente. Através de um grande
vazio entre os registos, conforme as minhas lembranças, naquele dia, não
reconheci a Menina Mulher, pois ela estava muito magra e o seu rosto
demonstrava um semblante de derrota. Não me recordo a conversa por completo,
porém, o pouco que lembro foi que ela afirmou que enquanto estávamos separados,
invernou nas drogas e já não comia e nem dormia a muitos dias. Perguntei-a se
havia tido relações sexuais com outras pessoas e ela me garantiu que não, que
apenas ficou desorientada emocionalmente, mas em nenhum momento, desejou ficar
com outras pessoas.
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