Caminho obscuro

Nestes últimos meses, estou sentindo a presença de Deus em tudo. O Thaylon está viajando mais uma vez para Campinas-SP rumo a mais uma consulta medica. Conforme o médico havia comunicado, provavelmente, através desta consulta, ele voltara com um aparelho externo, pois é um procedimento básico a ser realizado.

         E para a nossa supressa, entre essa correria daqui e dali, descobrimos que está a chegar mais uma criança para a nossa família. A minha esposa está gravida de aproximadamente dois meses. É obvio que esta notícia nos pegou desprevenido, e acreditem, demoremos para assimila-la, mas com tudo, já até decidimos os nomes. Se for menina, se chamara Esther, e caso seja menino, se chamara Moises. Através destes últimos acontecimentos, gostaria de registrar a minha oração: meu Deus, quero lhe agradecer por tudo. Hoje, está um lindo dia! Quero lhe agradecer pela minha família, pelo meu emprego, pelos meus amigos e sim, gostaria de pedir a sua atenção para os meus inimigos e também para as tantas pessoas que precisam da sua presença. Não somos nada sem ti, e sem a tua presença trilhamos um caminho que também nos leva a nada. Pecamos e lhe entristecemos constantemente, e por mais que tentamos, o pecado sempre existe em nós, portanto, peço que em nome de Jesus Cristo, tenha misericórdia de nós. Amém!

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Murmurações

Ontem, em uma das quintas-feiras do mês de maio, o pastor Paulo nos fez uma visita objetiva, digo isto, pois foi a pedido da minha esposa. Ela pediu ajuda ao pastor para realizarmos uma campanha em prol da sua vida profissional, clamando para que Deus venha a lhe abençoar profissionalmente.

Posteriormente as nossas orações, quando sentamos para conversarmos enquanto aguardava a sua carona de retorno para casa, ele me disse uma coisa que jamais irei esquecer em respeito à murmuração: "quando brigamos com um cachorro e em seguida assoviamos, ele vem rapidamente, não é mesmo? Da mesma forma acontece com os demônios quando murmuramos." Acrescentei: "E voltando traz mais sete consigo."

— Quando o espírito imundo sai de uma pessoa, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso, diz: “Voltarei para a minha casa, de onde saí. ” E, voltando, ele a encontra vazia, varrida e arrumada. Então vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali. E o último estado daquela pessoa se torna pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa. - Mateus 12:43-45

Irmãos, já se deram conta do quanto a nossa sociedade está murmurando? Estamos acomodados diante das tecnologias, onde até em buscar um simples copo de água estamos murmurando, cozinhar então? Vish! - Temos que repreender as murmurações, caso contrário, as nossas preces não alcançaram os ouvidos de Deus. Amém!

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Mapeamento 10/05/2019

Na última sexta feira, dez de maio, eu e o Thaylon fomos a capital, para mais um mapeamento. Foi uma viagem tranquila, e sem nenhum transtorno, ele foi um menino muito obediente e em nenhum momento tive que agir com rigor. Neste dia, entreguei a Dra. Bruna dois tipos de relatórios. Um deles era da Dr. Patrícia, a qual, afirmava que haviam mudanças significativas em respeito ao comportamento do Thaylon, aonde está possuindo maiores interesses em aprender, onde “após a regulagem do aparelho melhorou muito seu temperamento, comportamento e socialização. Não retira mais o aparelho, pelo contrário, quando ele cai, o próprio Thaylon pede para colocar ou tenta ele mesmo colocar. Sua oralização está acontecendo de forma gradativa. ”

O outro relatório, eram três folhas da UMEI que frequentava, suas palavras eram de que "o mesmo não se comunica com os profissionais e/ou alunos por linguagem de sinais, mas por atitudes voluntárias ligadas diretamente as suas vontades como por exemplo: escolhas de brinquedos, lugares que deseja ir, o que quer comer, com o que quer brincar, interagindo quando deseja, com as crianças em todos os espaços da UMEI, participa das atividades, após observar os demais colegas, realizam sem maiores dificuldades."

Ao me perguntar o que havia notado de diferente em respeito ao comportamento do Thaylon neste último mapeamento, ponderei as seguintes mudanças:

§  No mapeamento anterior, ao desejar alguma coisa, o Thaylon apontava o dedo sem produzir sons. Agora ele aponta produzindo sons como: "aaa";

§  Quando estávamos de costas para ele, e este queria a nossa atenção, ele nos tocava para que aviéssemos nota-lo. Agora, ele produz sons para que venhamos a ficar de frente para ele.

§  Houve uma mudança significativa em seu comportamento linguístico, principalmente dentro da igreja que frequentamos, aonde ao pegar o microfone, ele produz vários sons, como: "aaa", "eee" e "humm", simultaneamente.

Ao continuar ponderando partes do relatório da Umei, a Dra. Bruna perguntou a minha opinião ao respeito do seguinte desabafo: "A maior dificuldade encontrada, relatada pelas professoras, é a falta de formação em libras para saberem se comunicar com ele, tanto da parte profissional, quando do aluno, que demonstra suas vontades sempre com apontamentos, acreditando que seria necessário mais tempo na sala de atendimento educacional especializado (AEE), para que o aluno possa ter apoio para desenvolver meios de comunicação para facilitar seu desenvolvimento escolar, através de profissional qualificado."

A minha opinião foi bem objetiva, afinal, quando o Thaylon concluiu a cirurgia lá em São Paulo, a equipe da Unicamp tirou muitas dúvidas, e o principal conselho foi de que o desenvolvimento auditivo do Thaylon depende exclusivamente da quantidade de horas que ele usará o aparelho. Simples assim. Que Deus me perdoe se eu estiver exagerando, mas o sentimento que eu e a minha esposa possuímos, é que o problema do Thaylon está sendo empurrado para o lado. Pois nestas três folhas que entregaram, em nenhuma delas relata a quantidade de horas que o Thaylon está usando o aparelho.

Em vários dias, e em horários diferentes, eu e a minha esposa fomos acompanhar a atividade escolar dentro da Umei, e em inúmeras ocasiões, ele encontrava-se sem o aparelho. Questionando-os sempre diziam que ele fica tirando o aparelho, e que possuem medo de que o mesmo venha a estragar. Por um determinado período, o levávamos somente no período da tarde, porém, como eu e a minha esposa estamos trabalhando, agora necessitamos deixá-lo em período integral, tendo-se como fundamental a participação da Umei no desenvolvimento do Thaylon.

Para não prejudicar a relação entre pai, aluno e professores, costumo me desabafar unicamente a Deus. Depósito os meus problemas somente em suas mãos, aonde continuarei a ponderar aquele sonho como uma promessa D´ele, aonde dizia-me que o caso do Thaylon seria para confundir a medicina e consequentemente, evangelizar muitas pessoas ao conhecerem a sua história.

Oração:

Querido Deus, perdoe-me por possuir um coração ansioso. Perdoe-me por desejar as coisas tudo no meu tempo, isto me torna uma pessoa egoísta, não é mesmo? Senhor, os meus três filhos são os meus maiores tesouros que possuo aqui na terra, e lhes entrego em suas mãos. Tenho a total consciência de que não possuo o controle dos seus comportamentos, apenas guio-os para caminhos menos dolorosos. 

A equipe médica insiste em ponderar que o comportamento do Thaylon está muito agitado, e isto é um dos fortes motivos para o atraso no seu desenvolvimento social. É por isso que com um coração sincero, estou lhe pedindo ajuda, afinal, reconheço-o como médico dos médicos, e professor dos professores, ajuda-nos Senhor, por favor, permita-me testemunhar as tuas maravilhas. Amém!

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Proteja a minha familia

Senhor, tu que és criador de tudo e de todos, o único capaz de acender o sol e consequentemente favorecer luz para ambas as pessoas, tanto as más quanto as boas. Senhor peço-te que não esqueças de mim, nada sou longe da sua presença, e é isso que busco, Tu és a minha maior recompensa.

Livra-me do mal, e afasta de mim toda a enfermidade. Conceda-me momentos de alegria, e proteja toda a minha família, nada somos sem ti. Olhe por nós, favoreça o nosso crescimento conforme os teus estatutos, fale conosco face a face, e esteja em nossos pequenos corações, por favor, tenha misericórdia de nós. Amém!

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Bendito só o Senhor

Grande, grande é o Senhor!
Grande é o Senhor...

Canta, canta oh alma...
Bendito seja só o Senhor!

Leva os meus gemidos, diga a Ele
Que mesmo em tempestade
Bendito seja só o Senhor!

Diga a Ele que o meu amor é sincero,
Que gosto de conversar com Ele,
Principalmente em ser a sua testemunha,
Que não terei como negar,
Bendito só o Senhor!

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Dezembro

Estou indo para seis meses que trabalho aqui na fazenda Girassol, e lembro-me como se fosse ontem, senti a palavra "dezembro" sendo semeada dentro de mim. A minha esposa é testemunha disto, foi a única com quem comentei. Não sei o que acontecerá em dezembro deste ano, porém uma coisa sinto dentro de mim, será um acontecimento de benção. Benção que está chegando do céu. Amém!

Eis que envio sobre vocês a promessa de meu Pai; permaneçam, pois, na cidade, até que vocês sejam revestidos do poder que vem do alto. – Lucas 24:49

Este versículo mexeu comigo, e sinto que devo somente esperar. Espera está que deve ser com obediência, sem questionar, somente acreditar! - Por assim então, ficarei a confiar nele, colocarei está semente chamada "dezembro" em minhas orações, pedirei para que me conceda forças, afinal, a uma briga dentro de mim, e espero que o meu espírito vença a carne, sempre, sempre. Amém!

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Egoismo

Em um determinado culto, que só sei afirmar que já faz muito tempo, em meu coração Deus falou o seguinte: “— A uma benção muito grande a sua espera, mas, para resgatá-la, deverá abrir mão do seu egoísmo”. E isso por muito tempo vem sendo trabalhado em meu subconsciente, pois até este momento, não me aceitava como tal.

         Permitem-me descrever o quanto sou egoísta:  primeiramente, me faço de durão, quero que as pessoas me vejam como uma pessoa que não muda repentinamente, e alguns vão dizer que isto é um ponto positivo, e bem, talvez seja, mas não deixa de ter uma porcentagem de egocentrismo, afinal, querer ter a ‘razão’ só para si, e não deixar o próximo ser um ponto de mudança para os comportamentos/pensamentos, é sim, um enorme problema.

         Um habito típico de egoísmo que ainda me vejo fazendo, é de comer/guardar rapidamente um determinado alimento, só para não repartir com o próximo. É vergonhoso, muito, mas muito mesmo, e não tenho dúvidas que a minha esposa se encherá de orgulho ao ler este assunto, até porque não existe pessoa mais adequada no mundo que compreenderá do quanto é raro reconhecer os meus erros, do que ela. Aproveitando a oportunidade, Menina Mulher, amo muito você, tu és um dos melhores presente que Deus me deu. Agora, um dos motivos mais recentes da minha mudança, é uma reflexão que escutei em um estudo bíblico: “com quem tu mais se parece, com Maria, ou com Marta?[1]”.

         Enfim, este versículo pegou o meu egoísmo em relação ao dizimo e me deixou envergonhado. Por que? Bem, sejamos sinceros, certamente as dificuldades financeiras de antigamente também existiam, provavelmente até mais do que as nossas de hoje, porém, Maria não levou isto em consideração, e doou uma quantia equivalente a doze salários, ou seja, se o salário mensal de Maria fosse em REAIS, então naquele único gesto ela doou aproximadamente doze mil reais, consequentemente, em respeito ao dizimo, devemos sim ter uma visão mais para o céu e deixarmos de sermos materialistas e egoístas.

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[1] Texto referente encontra-se em João 12:-18

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O pedido de casamento

O pedido de casamento veio nos três meses de namoro por parte dela, e não da minha. Carraca, não sei como ela reagiu ao meu não, ela demonstrou compreender, mas vai entender os sentimentos ocultos de uma mulher!

Afirmei a ela que minha a meta e minha metodologia de vida são de apenas crescer e jamais regredir. Também espero que a cada dia eu seja um homem melhor, não na forma com que as pessoas querem ver, mas sim na forma com que eu necessito sentir. A respeito do pedido casamento, ainda é cedo para dar uma resposta positiva, temos que nos conhecermos melhor, onde de fato devemos saber se tudo o que dizemos uns aos outros se assemelham com nossas práticas e vontades.

No dia seguinte, eu e ela discutimos sem motivos algum, ou talvez tivéssemos, mas bem, ela me chamou de infantil, de uma criança sem rumo e sem objetivos, que só sabe chorar pelos cantos. Terminamos o namoro e ao chegar em minha casa, dentro do meu quarto, conclui o seguinte pensamento: só existem o passado e o futuro, nada de presente. Encontrei-me em lembranças no qual afirmava a ela o como sou e como penso. Lembrei-me das palavras que me descreviam em ‘mudanças’, onde constantemente afirmei de boca cheia que evoluo constantemente.

Várias e várias vezes afirmei o como vejo um relacionamento, acredito que o mesmo deve ser estruturado no diálogo onde um relacionamento amoroso pode até ser parecido com a amizade, pode até ter uma estrutura semelhante, mas não é igual, não tem a mesma essência. Na minha opinião, não existe amizade entre homens e mulheres, até porque, amizade para mim é algo que deva existir sem interesse, e duvido, que exista uma amizade sem interesses.

Namoro é algo, onde pensamos mais em nós, onde vemos em nosso companheiro a paz; companhia; amizade; boas lembranças; amor; respeito; admiração; confiança; sonhos; desejos; realizações e o principal de tudo, futuro.

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A minha caixinha de surpresa

         A Menina Mulher estava me ensinando muitas coisas. Aquela timidez que existia em mim, aos poucos estava de existir. O senso crítico crescia dentro de mim, estava sendo um professor para ela em questão a como depositar a confiança em outras pessoas. Pedi a ela que acreditasse em meus sentimentos, os quais são os melhores na minha opinião.

         Relatei que a minha intenção é de companheirismo, nada de mulher ficar atrás do homem, ou vice-versa, mas sim caminharmos juntos, lado a lado. Cobrei os estudos delas que estavam atrasados, onde com 26 anos de idade, ainda não conseguiu completar o ensino médio. Falei que gostaria de vê-la andando independentemente em um automóvel, onde para tal conquista, ela deveria fazer a sua habilitação.

         Compreendo que o passado dela é perturbador, porém, estava disposto a apostar a minha vida em seu sucesso. Ela passou por experiências amargas com o tio; com a mãe que em seus oito anos de vida falou que iria bem ali e não voltou. Sua vó, aparentemente, depositava todos os sonhos em seus irmãos e tinha a concepção e que era obrigação das mulheres servirem bem os homens.

         A Menina Mulher morou de baixo de viaduto, passou muita fome, mas jamais se entregou a prostituição conforme a sua mãe ou até mesmo boa parte de seus familiares. Ela lutou inúmeras vezes e creio que quando suas forças já estava preste a acabar, Deus me colocou em sua vida para lhe motivar a prosseguir, pois, dá para ver diante de seus olhos que ela é uma boa pessoa, que terá um futuro promissor.

         A Menina Mulher estava se tornando a pessoa mais importante na minha vida, uma flor em desertos, um barco em sete mares, simplesmente a mulher que ocuparia todos os espaços do meu coração. Ela morava com a tia dela, juntamente com a sua prima. A tia dela tocava uma casa de prostibulo, e não diretamente, mas tenta fazer com que ela adentre em este mundo repleto de intenções malignas. Por mais que existem pessoas que defendem este ‘mundo’, eu não sou uma delas. No meu entendimento, ali existem mais sofrimento do que felicidade, e já que estava começando a amar aquela Menina Mulher, uma das formas de demonstrar que os meus sentimentos eram os melhores, era afasta-la daquele contexto antes que acontecesse o pior.

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A importância de registrar tudo

         Como podem perceber, sou muito sonhador, e já inclui a Menina Mulher em meus sonhos a muito tempo. Já se passaram quinze dias, e muitas experiências já foram vivenciadas. Na casa dela tem uma piscina, e em inúmeras vezes, trocamos muitos olhares e os nossos corpos chegaram a se juntar por várias vezes, a Menina Mulher tentou roubar um beijo meu, por assim, persisti em afirmar que não é tudo conforme ela deseja. Não gosto de ficar por ficar; se realmente ela desejasse um beijo meu, antes de tudo assumir um relacionamento comigo.

         Passando-se alguns dias, assumimos o nosso namoro. Era um fogo que mesmo se tentássemos apagar, não conseguiríamos. Não podíamos ficar um segundo quietos que lá estavam as mãos bobas viajavam entre nossos corpos. Tínhamos muita sede de beijos, e o sexo? Acontecia com muita intensidade e calor. Não perdoávamos um cômodo se quer. Era no quarto, na sala, na cozinha, na piscina, enfim, tínhamos inúmeras curiosidades de posições e lugares.

         Foi através desta curiosidade que chegamos a fazer sexo no carro. Hoje em dia dou muita risada ao relembrar daquela cena, onde nós, no banco de trás do carro, cujo, quando o mesmo estava repleto de cheirinho de amor, chegou uma viatura da PM; ligaram a sirene e por assim, os policiais vieram com uma lanterna em direção ao nosso carro. Put´s, não dava para fazer nada... nem ao menos disfarçar.

Eles estavam em par, um homem e uma mulher; pediram para que nos vestíssemos, e após estarmos prontos, a PM feminina estava disposta a nos enquadrar, mas o homem, este compreendeu a nossa situação; viu que o documento do carro e a minha habilitação estava em dias e por assim, recomendou que se não tivéssemos dinheiro, era para buscarmos um lote baldio ou algo do tipo, mas jamais na rua (risos).

É, a nossa história estava ficando repleta de experiências, as quais tenho muito orgulho em relembrar. A Menina Mulher nunca acreditou no amor, diferente de mim, claro, sou o sonhador desta nossa história. Ela afirmava viver o hoje eque não se importava com o amanhã. Para ela, o hoje tinha que ser vivenciado com muita intensidade, principalmente em questão a felicidade. Nossa, apesar dela ser o oposto ao que vivenciei em toda a minha vida, aquele seu jeito de ser estava a me cativar e já me encontrava disposto a aprender mais e mais com ela.

(...) Continua....

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O reencontro

         Após recarregar o meu celular, imediatamente mandei uma mensagem, dizendo-a: “— Este é o meu numero, ô minha detive”. Afinal, entre as poucas conversas que tive com ela, percebi que um dos seus maiores sonhos era fazer ensino superior para assim exercer cargos de investigadora.

Dia seis de setembro, surge a resposta. Forço minha mente no intuito de reproduzir o nosso dialogo por sms´s, mas, o pouco que me lembro é o seguinte:

— Estou no centro, podemos nos ver? – Perguntou a Menina Mulher

— Sim, aonde você está? – Respondi e perguntei.

— Estou passeando com o meu cachorro pela avenida! – Respondeu a Menina Mulher.

— Qual avenida? – Perguntei.

— A do centro. A principal! – Respondeu a Menina Mulher.

— Ah, deve ser a avenida Antônio Ferreira Sobrinho. Siga em frente, me arrumarei e irei ao seu encontro. – Após, 10 min: “— Aonde você está?”

— Estou na frente da prefeitura. – Respondeu a Menina Mulher.

— Nossa, tu quase nem andou hem, está longe da minha casa!; fique aí, daqui a pouco estarei chegando; já estou te vendo.

         Confesso que fiquei supresso com o cachorro dela. Era um filhote de Rottweiler, e enfim, ela relatou que não conhecia a cidade. Não possuía muita opção de passeio, até porque, estávamos de a pé e também na companhia do cachorro que se chamava Duque. Desta forma, pensei em levá-la para o mirante, e lá fomos. A nossa primeira conversa, se procedeu nas experiências do nosso último encontro, riamos muito ao relembrarmos de tudo o que havia acontecido. E por assim uma pergunta não saia da minha mente:

— Por que quando íamos embora, na volta para a sua casa, você colocou a sua mão em cima da minha, enquanto eu trocava a marcha?

         Abaixei a cabeça diante a enorme vergonha por lhe perguntar isto, porém, também, senti orgulhoso de mim mesmo por ter feito uma pergunta tão direta. Minha reação foi de surpresa quando a tentativa de resposta da Menina Mulher, foi tentar roubar um beijo meu. Ah, de imediato perguntei-a: “— o que ela pensa que está fazendo? ” -  ela sorriu e continuou a caminhar, fiquei travado por alguns segundos, mas logo resolvi acompanha-la.

(...) Continua...


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O inicio: Menina Mulher

O inicio

Mesmo que seja difícil, posso tentar me descrever. Cresci em um contexto familiar conturbado, onde minha mãe falava mal de meu pai, meus irmãos falavam mal deles próprios e me faziam sentir como um lixo, como se no futuro eu também seria visto como a ovelha negra perante a família.

Por inúmeras vezes me vi só, onde, os poucos amigos que tive na infância, todos foram caracterizados como más influências pelos meus pais. A única amizade que tive, foi a minha imaginação, e por mais que pareça loucura, ela continua sendo o meu refúgio. Comparo as experiências da minha infância como as cicatrizes de um soldado que venceu a guerra. Elas contribuíram para a minha sobrevivência, porém, as sequelas são a enorme frieza que existe em mim. Não vi companheiros de batalhas sendo mortos, é bem pior que isso, vi uma família sendo arruinada por falta de respeito e excesso de bebidas alcoólicas.

Sem saber para onde iria, nem o que faria, dia 02 de outubro de 2011, Deus colocou uma mulher na minha vida. A história deste romance começa da seguinte maneira: Sempre gostei de me isolar, pois, sempre acreditei que na isolação temos a oportunidade de se conhecer mais e mais, aonde, através do silencio, conseguimos de fato ouvir os nossos pensamentos e também, claro, os nossos sentimentos. Também sei a importância do silencio em respeito a não correr o risco de falar bobagens por aí. Como minha velha mãe dizia: “boca fechada não entra mosquito”, ou até mesmo, como o tão conhecido filosofo francês Rousseau, afirma: “Só entende o valor do silêncio quem tem necessidade de calar para não ferir alguém. ”

No dia quatro de setembro de dois mil e onze, tive a felicidade de ter um momento que me favoreceu, nos sentidos de reencontrar-me.  Eu era um jovem inexperiente, na busca insaciável de preencher o vazio da solidão. Muitas ‘zoações’ existiam motivadas a minha inexperiência com as mulheres, sofri muito bullying por ser um rapaz tímido, e um dia qualquer, em um pedido de um amigo ‘garanhão’, saímos no intuito de descontrair e quem sabe tirar esta minha timidez no calor das mulheres. Saímos acompanhados com mais alguns amigos dele, no qual, falando a verdade, não tive vontade alguma de que aqueles estranhos se tornassem meus amigos também. Aqueles “estranhos” demonstravam serem de personalidades diferentes da minha, fiquei muito assustado, repreensível, como se eles fossem monstros e a qualquer minuto eu tivesse que sair correndo para baixo da minha cama. Mas eu não estava em casa, e caso viesse acontecer o que até aquele momento só estava em meus pensamentos, certamente, teria que fazer mil e umas ações para renovar o meu esconderijo.

Nós estávamos indo para um passeio, onde estava os levando com o carro do meu pai. Levei-os para o clube recreativo em que meu pai é sócio e logo em seguida, levei-os até uma cachoeira perto dali. Chegando lá, passei a maior parte do tempo, sentado a margem do rio, visualizando o meu reflexo, e através daquele momento, passei a maior parte do tempo dialogando por pensamento com a imagem que ali estava fixada na água. Após alguns minutos, aconteceu algo que nunca imaginei em toda a minha vida. Aquele momento estava preste a me fazer possuir outros tipos de conceito sobre a forma que vivemos.

       Era a Menina Mulher que jogava areia em minha direção para chamar a minha atenção. Comecei a jogar areia nela também, não com o propósito de brincadeira, mas sim de vingança. Poxa, imaginem só, eu com os meus pensamentos, sabem lá Deus onde, e vem uma estranha qualquer jogando arreia do nada, chega a ser engraçado e ao mesmo tempo irritante, porém, foi deste jeito, naquele período em que a areia se locomovia conforme jogávamos uns aos outros, que estava acontecendo o inesperado, meu peito estava memorizando todos os gestos daquela menina, onde, dentro de mim já existia a certeza: ela era a minha querida e atual escolhida. Tudo parecia coisa de cinema, como aqueles filmes bons de romance, onde quem os produz tem talento para dar e posteriormente, também vender. Desta forma, o meu coração batia aceleradamente, e não controlava mais os meus pensamentos. Era como se aquela Menina Mulher estivesse comandando a minha mente. Era coisas que, só tinha ouvido em histórias pra crianças, jamais imaginei que aconteceria em minha vida. Nossas bocas não pronunciaram uma só palavra, era como se estivéssemos trocando pensamentos e sorrisos. Até os dias atuais, não consigo compreender o como isto aconteceu, minhas justificativas estão direcionadas ao agir de Deus.

(...) Continua...



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