sábado, 16 de maio de 2020

A minha caixinha de surpresa



         A Menina Mulher estava me ensinando muitas coisas. Aquela timidez que existia em mim, aos poucos estava de existir. O senso crítico crescia dentro de mim, estava sendo um professor para ela em questão a como depositar a confiança em outras pessoas. Pedi a ela que acreditasse em meus sentimentos, os quais são os melhores na minha opinião.
         Relatei que a minha intenção é de companheirismo, nada de mulher ficar atrás do homem, ou vice-versa, mas sim caminharmos juntos, lado a lado. Cobrei os estudos delas que estavam atrasados, onde com 26 anos de idade, ainda não conseguiu completar o ensino médio. Falei que gostaria de vê-la andando independentemente em um automóvel, onde para tal conquista, ela deveria fazer a sua habilitação.
         Compreendo que o passado dela é perturbador, porém, estava disposto a apostar a minha vida em seu sucesso. Ela passou por experiências amargas com o tio; com a mãe que em seus oito anos de vida falou que iria bem ali e não voltou. Sua vó, aparentemente, depositava todos os sonhos em seus irmãos e tinha a concepção e que era obrigação das mulheres servirem bem os homens.
         A Menina Mulher morou de baixo de viaduto, passou muita fome, mas jamais se entregou a prostituição conforme a sua mãe ou até mesmo boa parte de seus familiares. Ela lutou inúmeras vezes e creio que quando suas forças já estava preste a acabar, Deus me colocou em sua vida para lhe motivar a prosseguir, pois, dá para ver diante de seus olhos que ela é uma boa pessoa, que terá um futuro promissor.
         A Menina Mulher estava se tornando a pessoa mais importante na minha vida, uma flor em desertos, um barco em sete mares, simplesmente a mulher que ocuparia todos os espaços do meu coração. Ela morava com a tia dela, juntamente com a sua prima. A tia dela tocava uma casa de prostibulo, e não diretamente, mas tenta fazer com que ela adentre em este mundo repleto de intenções malignas. Por mais que existem pessoas que defendem este ‘mundo’, eu não sou uma delas. No meu entendimento, ali existem mais sofrimento do que felicidade, e já que estava começando a amar aquela Menina Mulher, uma das formas de demonstrar que os meus sentimentos eram os melhores, era afasta-la daquele contexto antes que acontecesse o pior.

(...)


Leiam mais em: https://clubedeautores.com.br/livro/diario-de-um-cristao-3

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A quarta separação

" — (...). Se tu realmente me amas, verás que ambos estamos errados, que os meus ciúmes até podem estar elevados, porém, também est...