terça-feira, 5 de maio de 2020

O reencontro



         Após recarregar o meu celular, imediatamente mandei uma mensagem, dizendo-a: “— Este é o meu numero, ô minha detive”. Afinal, entre as poucas conversas que tive com ela, percebi que um dos seus maiores sonhos era fazer ensino superior para assim exercer cargos de investigadora.
Dia seis de setembro, surge a resposta. Forço minha mente no intuito de reproduzir o nosso dialogo por sms´s, mas, o pouco que me lembro é o seguinte:

— Estou no centro, podemos nos ver? – Perguntou a Menina Mulher
— Sim, aonde você está? – Respondi e perguntei.
— Estou passeando com o meu cachorro pela avenida! – Respondeu a Menina Mulher.
— Qual avenida? – Perguntei.
— A do centro. A principal! – Respondeu a Menina Mulher.
— Ah, deve ser a avenida Antônio Ferreira Sobrinho. Siga em frente, me arrumarei e irei ao seu encontro. – Após, 10 min: “— Aonde você está?”
— Estou na frente da prefeitura. – Respondeu a Menina Mulher.
— Nossa, tu quase nem andou hem, está longe da minha casa!; fique aí, daqui a pouco estarei chegando; já estou te vendo.

         Confesso que fiquei supresso com o cachorro dela. Era um filhote de Rottweiler, e enfim, ela relatou que não conhecia a cidade. Não possuía muita opção de passeio, até porque, estávamos de a pé e também na companhia do cachorro que se chamava Duque. Desta forma, pensei em levá-la para o mirante, e lá fomos. A nossa primeira conversa, se procedeu nas experiências do nosso último encontro, riamos muito ao relembrarmos de tudo o que havia acontecido. E por assim uma pergunta não saia da minha mente:
— Por que quando íamos embora, na volta para a sua casa, você colocou a sua mão em cima da minha, enquanto eu trocava a marcha?

         Abaixei a cabeça diante a enorme vergonha por lhe perguntar isto, porém, também, senti orgulhoso de mim mesmo por ter feito uma pergunta tão direta. Minha reação foi de surpresa quando a tentativa de resposta da Menina Mulher, foi tentar roubar um beijo meu. Ah, de imediato perguntei-a: “— o que ela pensa que está fazendo? ” -  ela sorriu e continuou a caminhar, fiquei travado por alguns segundos, mas logo resolvi acompanha-la.


(...) Continua...


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