sábado, 4 de dezembro de 2021

A quarta separação



" — (...). Se tu realmente me amas, verás que ambos estamos errados, que os meus ciúmes até podem estar elevados, porém, também estão fundamentados em uma cruel realidade. Se não quiser conversar, entenderei como se resolvesse deixar tudo o que vivenciamos no passado. Que Deus abençoe o teu caminhar. Se quiser conversar, me liga ou melhor, tu sabes aonde me encontrar. Jamais desejarei o teu mal. Perdoe-me por não ser um namorado perfeito, onde os meus desejos são em sempre buscar possuir mais qualidades do que defeitos, pois, talvez, assim tu enxergarias que lhe amo do jeitinho que és. Agora, me responde uma coisa? Você quer o término do nosso namoro?" - Perguntei para a Menina Mulher.

— Esse namoro, para mim, já terminou faz tempo. Foi maravilhoso enquanto durou. - Respondeu a Menina Mulher.
— Tu se apaixonaste por outro? - Perguntei.
— Não, não e não. - Respondeu ela.
— Hum, estranho. Confesso para tu, que estou sofrendo muito. Não possuía a ideia do quanto estava apegado a tu. Não vejo motivos pelos quais tu possui tanto desprezo por mim, mas enfim, espero que continue sendo uma grande mulher, como sempre foi. Fico feliz por tu ter voado, só não imaginava que seria para longe de mim, minha eterna águia. - Escrevi para ela.
— Estou morrendo de saudades, mas as saudades servem para sabermos que temos pessoas especiais para sentirmos falta. - Ponderou a Menina Mulher
— Compreendo. Estou colocando o meu coração diante de Deus, isto, cada vez mais. Desejando que tudo aconteça conforme à vontade d'Ele, jamais a minha. - Relatei
— Meu amor, volta para mim. Eu amo você! Estou morrendo ao passar dos dias, sem você. Volta, por favor! - Pediu-me a Menina Mulher.
— Ora, não foi você que me disse a uma semana atrás, que a muito tempo tinha acabado o nosso relacionamento? Não foi você que me disse que o meu amor por ti, lhe sufoca? - É 'meu coração', está foi a quarta briga em que tu me deixou de lado e foi vivenciar as emoções que somente as suas amizades podem lhe conceder. Tu queres ver a quinta briga acontecer e consequentemente, me ver sofrendo direcionando a culpa exclusivamente a mim? Tu continuarás dizendo que a culpa se limita ao meu ciúme obsessivo? Por que tu queres voltar? - Perguntei para a Menina Mulher.
— Eu amo você e ninguém vai mudar isto. Eu amo você, volta para mim? - Repetiu a Menina Mulher.
— E eu? Será que tu não estás pensando de forma egoísta? Terei que continuar sofrendo em ser descrito como o único culpado? - Perguntei.
— Não meu amor. Eu amo você. Volta para mim, me perdoa. - Enfatizou a Menina Mulher.
— Me diga, sem mentiras e sem ilusões. Qual foi o motivo em ter terminado comigo? - Perguntei.
— Meu amor, eu amo você. Eu quero você! - Repetiu a Menina Mulher
— Acho que no mínimo, devo receber uma satisfação do que aconteceu. Me responda, por que terminou comigo? - Perguntei novamente.
— Meu anjo, depois que você sair do serviço, a gente conversa, ok? Mas saiba deste já que eu não consigo viver sem você. Amo muito você! - Enfatizou a Menina Mulher.

Aconteceu que saindo do meu serviço, fui de encontro a Menina Mulher. A carta não registra quanto tempo ficamos separados e nem tão pouco o que escrevi sequencialmente. Através de um grande vazio entre os registos, conforme as minhas lembranças, naquele dia, não reconheci a Menina Mulher, pois ela estava muito magra e o seu rosto demonstrava um semblante de derrota. Não me recordo a conversa por completo, porém, o pouco que lembro foi que ela afirmou que enquanto estávamos separados, invernou nas drogas e já não comia e nem dormia a muitos dias. Perguntei-a se havia tido relações sexuais com outras pessoas e ela me garantiu que não, que apenas ficou desorientada emocionalmente, mas em nenhum momento, desejou ficar com outras pessoas.


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sábado, 13 de novembro de 2021

Dois anos se passaram



A experiência espiritual não foi registrada na oitava carta como acreditei que havia sido. Seu registro encontra-se em um outro arquivo, nisto, acompanhando o desenvolvimento da carta, houve um enorme vazio entre a nossa conversa de reconciliação, a experiência espiritual e o nascimento da Dennise, pois, em ordem sequencial, a carta nos leva diretamente ao descobrimento da gestação do Thaylon.
Contudo, alcancei o objetivo de descrever todos os detalhes, pelos quais, eu e a Menina Mulher passamos. Foi muito produtivo a recordação e reorganização dos acontecimentos. Estes, não possuem intuito de afirmar quem era o menos errado, mas sim, comprovar que Deus não escreve por linhas tortas, apenas corrige-as e as transforma em lindas histórias.
Eu e a Menina Mulher jamais seremos prefeitos, longe de nós isto, porém, o mais importante alcançamos: clamamos a presença de Deus sobre as nossas vidas e consequentemente, as dificuldades passaram a serem vistas como aprendizagens. É nas dificuldades que seguramos ambas as mãos e superamo-las na graça de Jesus Cristo, amém!



sábado, 6 de novembro de 2021

Quero ser feliz com Deus



"— Tu me perguntas se ainda lhe amo? Bem, devo ser sincero... Amo a Menina Mulher a qual, vejo que tu estás querendo matá-la dentro de si. Gosto da Menina Mulher que reconhece os seus erros; que fala de Deus para confortar os meus medos." - Naquele período, a Menina Mulher sabia a Bíblia de cor e salteado, era incrível! Como confesso que sentia muito orgulho daquilo, pois mal iniciava uma leitura bíblica e ela já identificava o versículo e o capítulo referente.
Continuei: "— Gosto da Menina Mulher carinhosa, a qual, nunca me prometeu dias perfeitos, mas sempre esteve a relatar que ficaria comigo para sempre. A muito tempo tu matou a Menina Mulher. Já faz muito tempo em que tu se tornou fria e calculista. Não vejo brilho em teu olhar, apenas raiva e ódio. A pergunta que faço para mim mesmo e gostaria que me respondesse é: o que te fiz para teres tanto desprezo por mim?"
Nossa, confesso-lhes que não me recordava destas palavras, as quais, são anteriores a minha experiência espiritual. Continuei: "— Quero um relacionamento que me leve a ficar mais próximo de Deus, que promova dentro de mim sentimentos bons e não medos repletos de angústias. Eu quero ser feliz com Deus, isto com ou sem você!" - Reparem que escrevi isto próximo, porém, antes da minha experiência espiritual, e consequentemente, a Menina Mulher "chegou a dar risadas da maneira como eu falava. Eu vi o mal dentro dela, querendo enfraquecer a minha crença. Não desviei o olhar dela e por assim, ela passou a reclamar de dores de cabeça e com ironia começou a dizer:

— Deve ser o mal prevalecendo, não é mesmo? (Risos) - Cuidado, corra, eu vou contaminar você também.

E por assim ressaltei: '— Não tenho medo, pois a verdadeira igreja se encontra em mim e Deus em meu coração habita.' Ual, confesso-lhes que estou surpreso em relembrar o meu passado. Não me recordava desta fé e nem tão pouco desta minha convicção. Certamente, nos dias de hoje, teria a mesma postura diante a esta circunstância. Passando-se alguns minutos em que ambos permanecemos em silêncio, a Menina Mulher fez a seguinte conclusão: "— Você é o que sempre pedi a Deus. Estou sofrendo ao ver tu sofrendo e reclamando da minha imperfeição. Sei que estou errando demais contigo e o que mais tenho medo é de perder você. Eu preciso de você. Só com você que consegui ser uma pessoa melhor. Por favor, não irei te prometer nada desta vez, pois, já vi que lhe prometendo, só engano a nós. Por isto, te peço uma chance, por favor, perdoe-me. Vou melhorar, você vai ver. O meu lado bom vai voltar a prevalecer e por assim, irei lhe conquistar novamente."


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sábado, 30 de outubro de 2021

Ligações a cobrar



O local em que a Menina Mulher trabalhava estava prestes a decretar falência. O chefe dela estava vendendo ar-condicionado, televisões e até mesmo o computador. Nisto, emprestei o meu celular para a Menina Mulher se distrair na internet. Não era segredo algum o quanto estava difícil conciliar estudo, trabalho e o nosso relacionamento.
Neste período, além de estar desenvolvendo a minha monografia, simultaneamente, estava a realizar a conclusão do estágio na educação infantil. Neste dia, a minha colega de estágio ligou para o meu celular e através da sua persistência em querer falar comigo, a Menina Mulher atendeu e percebendo que era uma chamada a cobrar, desligou e retornou a ligação, onde a minha colega enfatizou que precisava falar comigo com urgência, pois precisávamos entregar as papeladas do estágio na coordenação da faculdade.
Na carta, enfatizei que não encontrei problema algum ao atender a ligação, pois, nunca tive nada para esconder dela. Apenas critiquei a ironia da Menina Mulher ao me dizer:

— Tu implica por eu te ligar a cobrar, mas, as piriguetes[1] ligam para você da mesma forma. Olha para a minha testa e veja se está escrito 'otária[2]'. Não, né? Fique sabendo que se pôr assim continuar, te trairei bem antes que faça isto comigo.


[1] Conforme o site Significados, Piriguete é uma gíria na língua portuguesa, considerada como um termo pejorativo, usado para descrever uma mulher provocadora que demonstra interesse por outras pessoas.
[2] Conforme o site Dicionário Informal, otária é um pejorativo utilizado para caracterizar uma pessoa como besta, que faz tudo o que os outros querem.












O desconhecido



Não me recordo com precisão o dia, porém, alguns dias atrás a Menina Mulher saiu com a sua prima, encheu a cara, bebeu muito, mas muito mesmo, ao ponto de chegar às três horas da manhã, onde vendo-a naquele estado, fiquei imóvel, paralisado, sem saber o que fazer. Deitamos na cama e enquanto pensava no que iria dizer, a Menina Mulher falou:

— Aí, vou vomitar!

Rapidamente, busquei um balde para que estivesse a vomitar nele, porém, não adiantou. Durante a noite, sonâmbula, começou a reproduzir tudo o que havia acontecido. Pedia licença para um homem, o qual, não memorizei o nome. Ela pedia a ele desculpas pelos vômitos, aonde, pela sua descrição, deu a entender que ela chegou a vomitar nos pés dele. Nesta mesma noite, descobri que a Menina Mulher estava usando drogas e que este desconhecido chegou a tentar ficar com ela.
Posteriormente, nos dias seguintes a Menina Mulher voltou a ser agressiva comigo. Passamos mais de uma semana falando somente o básico. Eu tentava descobrir o que estava acontecendo, porém, ela me ignorava. Certo dia, me ligou perguntando se eu iria para a festa da pamonha em Juscimeira-MT e enfim, lhe respondi que não, justificando-me que estava com pouco dinheiro e que sem a companhia de quem amo não teria graça. Disse ela, que faria a minha conclusão a dela, aonde não sabia se iria à festa.
A minha irmã e as minhas sobrinhas estavam de passeio em casa, queriam carona de volta para Rondonópolis, nisto, convidei a Menina Mulher para irmos juntos e ela aceitou. Como o meu pai estava ocupando o carro com problemas referente ao meu irmão, a Menina Mulher pediu que lhe acompanhasse na busca por comprar cigarro e algo para fazer uma batida com bebidas alcoólicas. No percurso de a pé, perguntei-lhe se havia ido para a festa da pamonha e ela confirmou que sim. Lhe fiz outras perguntas, algumas se negou a respondê-las, outras, me respondeu com ignorância.
Através dos meus pensamentos, decidi que não era a hora correta para tirar conclusões que poderiam ser precipitadas, porém, confesso que a minha vontade era de romper o namoro naquela mesma hora. Onde já se viu? Em menos de um mês, pisou várias e várias vezes na bola comigo! - Clamei ajuda a Deus, relatei para Ele as minhas dores e pedi que o decorrer de tudo, fosse conforme à vontade d'Ele e jamais a minha.



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sábado, 23 de outubro de 2021

Somente aceitar



Dia dez de junho de 2013, enfatizei o quanto o nosso relacionamento necessitava a presença de Deus. Ambos, não compreendiam a situação um do outro e, somente Deus todo poderoso poderia apaziguar estes nossos conflitos. "Se eu a conheço? Não sei! - Confesso que muitas coisas mudaram e como a vida continuará, somente posso descrever o passado, já que nem o presente, tão pouco o futuro me pertence. - A minha aprendizagem possuía forma de mulher. Nunca imaginei que poderia evoluir ao ponto atual. Considero-me um homem com qualidades raras e únicas e, esta mulher, ah, esta mulher possuí grande influência para esta minha conclusão.
As suas revoltas sobre o mundo faziam-me compreender que o mundo não é um conto de fadas e sim, repleto de altos e baixos; alegrias e tristezas; coragem e medo e claro, amor e desprezo. As coisas mudaram pelo simples fato de que ambos aprendemos muito. Atualmente, sou cauteloso em exagero. Confio muito pouco nas pessoas, onde quais quer as conclusões de mau mau-caráter já são motivos para a minha desconfiança. Já a Menina Mulher, tornou-se a confiar nas pessoas e mesmo diante a tantos tombos, lá está ela, continuando a deixar com que as pessoas tirem o seu descanso.
Certamente, muitas mudanças estão por vir, porém, digo e reafirmo quantas vezes forem preciso: "— Eu amo a Menina Mulher não pelo o que ela é, e nem tão pouco pelo o que conseguimos juntos. É algo que não consigo explicar e desta forma não sei se estou certo ou errado, mas justifico como algo que não se pode descrever pelo simples fato de que são acontecimentos divinos. Não dá para entender o como nos tornamos unidos, mas sim, devemos somente aceitar."


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sábado, 16 de outubro de 2021

O amigo do Rapaz



"Aqui é o amigo do Rapaz. Não sei porque você estava brava naquela hora e nem sei se sou culpado, mas estou com saudades e queria te ver mesmo que seja para você me xingar dizendo algo que geralmente eu não saiba. Se for algo relacionado ao fato de eu ter saído, não dá nada, pois pelo o que eu sei, você também saiu e se divertiu. Eu estava sozinho aqui em casa e ia ter que ficar mais um sábado sozinho aqui assistindo televisão, então, fomos comemorar o aniversário do Felipe. EU AMO VOCÊ E TU SABE DISSO. Se tiver bônus, se puder e quiser falar comigo, manda SMS no meu número, se não manda pelo menos um me liga para eu saber que recebeu a mensagem. Amo você, minha linda." - (Texto enviado para o celular da Menina Mulher; adaptado.).

Após ler esta mensagem do amigo do Rapaz, pelo Facebook escrevi para a Menina Mulher: "— Olha, estou a lhe escrever isto, pois, ao passar dos dias, tu me magoaste muito, mas muito mesmo. De princípio, por ignorar as minhas ligações; por me fazer de bobo em lhe procurar pela cidade; por mentir para mim, as quais, podem até parecer pequenas, porém, tornam-se acumuladas e corrosivas em uma proporção infinita.
Estou triste contigo, pois tu só encontras os problemas em mim, descrevendo-os como desconfiança da minha parte. Sinceramente, não é bem assim, mas sim, a falta de companheirismo. (...) suas amizades não são nada naturais, são forçadas e repletas de terceiras intenções e, não me venha falar que isto acontece somente da parte deles, pois isto não é verdade. Querendo ou não, tu da corda e torna-se cúmplice destes acontecimentos. (...) nesta vida, não estou e nem quero ficar a enxerga-la como um jogo, igual tu fazes. Para mim, as pessoas não são peças de tabuleiro e não as farei como objetos na minha vida, mas sim, como escolhas, as quais, possuem o intuito de promover evoluções.
Menina Mulher, desculpa-me se diante da minha dor, desconsidero-a como a minha Menina Mulher e passo a lhe chamar pelo verdadeiro nome. (...) você é o meu amor e continuará sendo, porém, compreenda, cheguei ao meu limite. Não possuo mais forças para lutar pelo teu amor, pois, sinceramente, a muito tempo percebo que deixastes de lutar pelo meu.
Proponho-lhe a seguinte questão: 'avalie o desabafo e verifique quais seriam as suas ações quando por assim, eu fosse você em seus erros. O seu amor aguentaria? Ele seria capaz de suportar tantos gritos, ameaças, dengos, ignorâncias, entre tantas outras coisas que existe por parte de ti? Por fim, enfatizo que o meu amor não está suportando todas estas pressões psicológicas, afinal, tu conheces as minhas amizades e tu mesma relatou que são puras, sem malícias e sem interesses. Por que tu também não podes possuir estes tipos de amizade?


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A quarta separação

" — (...). Se tu realmente me amas, verás que ambos estamos errados, que os meus ciúmes até podem estar elevados, porém, também est...