sábado, 30 de outubro de 2021

O desconhecido



Não me recordo com precisão o dia, porém, alguns dias atrás a Menina Mulher saiu com a sua prima, encheu a cara, bebeu muito, mas muito mesmo, ao ponto de chegar às três horas da manhã, onde vendo-a naquele estado, fiquei imóvel, paralisado, sem saber o que fazer. Deitamos na cama e enquanto pensava no que iria dizer, a Menina Mulher falou:

— Aí, vou vomitar!

Rapidamente, busquei um balde para que estivesse a vomitar nele, porém, não adiantou. Durante a noite, sonâmbula, começou a reproduzir tudo o que havia acontecido. Pedia licença para um homem, o qual, não memorizei o nome. Ela pedia a ele desculpas pelos vômitos, aonde, pela sua descrição, deu a entender que ela chegou a vomitar nos pés dele. Nesta mesma noite, descobri que a Menina Mulher estava usando drogas e que este desconhecido chegou a tentar ficar com ela.
Posteriormente, nos dias seguintes a Menina Mulher voltou a ser agressiva comigo. Passamos mais de uma semana falando somente o básico. Eu tentava descobrir o que estava acontecendo, porém, ela me ignorava. Certo dia, me ligou perguntando se eu iria para a festa da pamonha em Juscimeira-MT e enfim, lhe respondi que não, justificando-me que estava com pouco dinheiro e que sem a companhia de quem amo não teria graça. Disse ela, que faria a minha conclusão a dela, aonde não sabia se iria à festa.
A minha irmã e as minhas sobrinhas estavam de passeio em casa, queriam carona de volta para Rondonópolis, nisto, convidei a Menina Mulher para irmos juntos e ela aceitou. Como o meu pai estava ocupando o carro com problemas referente ao meu irmão, a Menina Mulher pediu que lhe acompanhasse na busca por comprar cigarro e algo para fazer uma batida com bebidas alcoólicas. No percurso de a pé, perguntei-lhe se havia ido para a festa da pamonha e ela confirmou que sim. Lhe fiz outras perguntas, algumas se negou a respondê-las, outras, me respondeu com ignorância.
Através dos meus pensamentos, decidi que não era a hora correta para tirar conclusões que poderiam ser precipitadas, porém, confesso que a minha vontade era de romper o namoro naquela mesma hora. Onde já se viu? Em menos de um mês, pisou várias e várias vezes na bola comigo! - Clamei ajuda a Deus, relatei para Ele as minhas dores e pedi que o decorrer de tudo, fosse conforme à vontade d'Ele e jamais a minha.



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