Ao amanhecer, acordei a Menina Mulher e
exigi esclarecimentos. Ela me disse que não possuía o número do Rapaz; que no
ataque de loucura estava ligando para a sua prima e não para ele; me pediu
desculpas e disse que a tarde voltaríamos a conversar.
À tarde, em seu serviço, a Menina
Mulher reconheceu o quanto estava errada e que não gostaria de ter feito eu
passar o que passei na madrugada. Também, concordou que não existe amizade
entre homens e mulheres. Passando-se quase um mês, enquanto eu estava tomando banho,
ouvi o celular tocando, onde optei por primeiro concluir o banho e
posteriormente, ver o que era, afinal, poderia ser o despertador. Porém, não
era o alarme, mas sim a Menina Mulher ligando no intuito de me informar que não
haveria a necessidade de buscá-la em seu serviço, pois, sua tia se prontificou
a fazer isto. Como de costume, fui para a faculdade e em várias tentativas de
ligar para ela e até mesmo para a sua tia, todas deram na caixa de mensagem.
No intervalo das aulas, a tia dela
retornou as minhas ligações e antes dela falar algo, antecipei-me e
justifiquei-me do porquê anteriormente havia ligado para ela:
— Olha, liguei para a senhora porque
não estava conseguindo falar com a Menina Mulher, queria saber se deu tudo
certo, se conseguiu levar e busca-la do curso.
— Por que? Está chovendo? - Perguntou
sem entender.
— A senhora não combinou de buscá-la?
— Não. - Respondeu a tia da Menina
Mulher!
— Uai, a senhora não levou ela no curso
e nem combinou de buscá-la? - Novamente perguntei sem acreditar no que estava
acontecendo.
— Não! - Confirmou a tia da Menina
Mulher.
— Ah, tá! Desculpa-me. Depois me
entenderei com a Menina Mulher, obrigado, tchau.
É neste diálogo que a sétima carta é
concluída e o que posso lhes dizer é que estou surpreso tanto quanto vocês. Eu
nem me lembrava dos ataques de ciúmes, tão pouco da tentativa de suicídio. A
explicação que possuo? Simples, isto aconteceu porque tinha que acontecer.
Tivemos que passar por isso simplesmente para voltarmos de forma verdadeira
para Deus. Estes acontecimentos foram anteriores a minha experiência
espiritual, mas certamente, chego a me arrepiar só de relembra-los. Será
que estes acontecimentos já demonstravam o que estava por vir? Ainda não
encontrei esta resposta!
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