sábado, 21 de agosto de 2021

18 de março



Em um período o qual, fazia estágios acadêmicos no município de São Pedro da CIPA, decidi continuar a desenvolver a sétima carta. Continuava perguntando a mim mesmo o que havia acontecido, por quais motivos a Menina Mulher havia voltado de Corumbá tão revoltada? Por que ela não se abria comigo? O que ela estava escondendo?
Isto me deixou angustiado e em muitos momentos, triste. Após sair mais palavras congelantes da boca da Menina Mulher, tornei a persistir mais convicto da nossa separação. Por mais que estivesse confuso em relação ao que sentia por ela, nunca deixei de pedir que Deus estivesse intercedendo por nós. Por que ela estava sendo radical? Por que ela simplesmente virou as costas e passou a me ignorar? O que estava acontecendo? Por muitas vezes estive pedindo orientações em como agir a Deus.
Costumo concluir as minhas orações da seguinte forma: "que seja feita a tua vontade e não a minha." - Quanto mais orações eu fazia, mais me surgia o desejo em compreender o que estava acontecendo. Haviam se passado alguns dias pelos quais não conversamos pessoalmente, mas sim somente por telefone, portanto, não haviam motivos para ela me dizer isto: "— Se tu se aproximar de mim, eu chamo a polícia para tu." - Nunca a ameacei; nunca lhe desejei mal, portanto, por mais, que ela não quisesse me ver, decidi resolver isto pessoalmente, com ou sem o consentimento dela.
Eu precisava olhar nos olhos dela e obter algum tipo de resposta para as minhas perguntas. Chegando às vinte e três horas no serviço dela (sem avisar), ela começou a me tratar super mal, dizia que não queria me ver e que em muitas vezes já havia me alertado disto. Implorei para que ela me acompanhasse até o mirante, cujo lugar, no início do nosso namoro, ela me descreveu como um homem para namorar e posteriormente casar. Eu precisava compreender o que estava acontecendo, portanto, após a minha insistência, ela subiu na moto me fazendo o seguinte pedido:

— Ok, vamos logo, só que será a última vez que estaremos a conversar, depois disto, nunca mais apareça diante da minha pessoa.
— Ok, depois da nossa conversa, acatarei os teus pedidos. - Ponderei.
— Combinado, mas antes disto, deixa eu avisar o menino que está me esperando ali na esquina. - Pediu-me a Menina Mulher.


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