sábado, 21 de agosto de 2021

A queda



Relendo as cartas, percebo que por muitas vezes o meu coração foi machucado. Por muitas vezes, sofri demonstrando como se amasse sofrer. Percebi que nunca desejei que as coisas chegassem aonde estão, mas sim, vejo que sempre foi Deus orientando o meu caminhar, pois para mim, não a outra explicação.

Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos. Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro ou de prata. As tuas mãos me fizeram e me afeiçoaram; ensina-me para que aprenda os teus mandamentos. - Salmos 119:71-73

Naquele período, compreendi o que já era óbvio, meu coração se corroeu e já não conseguia controlar os seus batimentos que tornaram a ficar acelerado. O meu coração se preencheu com muita raiva, pois, mais uma promessa a Menina Mulher prometeu e não conseguiu cumprir, onde no passado ela mesmo havia dito que caso viesse a se apaixonar por outra pessoa, eu seria o primeiro a ser informado disto.
Chegando próximo ao Rapaz, a Menina Mulher me pediu para que parasse o mais longe possível dele. Parei na próxima esquina e a conclusão que tirei é que ela desejava privacidade e que sentia como se fosse uma obrigação dela dar satisfação a ele. Quando ela desceu da moto e foi de encontro dele, o ódio que estava no meu coração só estava aumentando. Sozinho na moto, comecei a puxar o acelerador com intuito de repelir os impulsos nervosos que estavam dominando o meu lado sereno.
No retorno da Menina Mulher, quando ela estava subindo na moto, o Rapaz passou por nós de a pé com um semblante de intimidação. Atualmente, com mais experiência, percebo que ambos possuíamos motivos para sentirmos raiva e, que não a como concluir quem estava certo ou errado, afinal, tudo foi uma tremenda confusão.
Quando de moto passei pelo rapaz, lembro-me como se fosse ontem, o seu olhar penetrante contra a minha pessoa. Não consegui controlar os impulsos nervosos, nisto, acelerei a moto e a Menina Mulher caiu da moto. Imediatamente, joguei a moto em direção ao meio fio e fui ver o como ela estava. Quando fui em direção para socorre-la, me deparei com aquele idiota próximo a mim e na raiva que estava, não pensei duas vezes, empurrei-o ao vê-lo aproveitando da situação para passar as mãos sobre os seios da Menina Mulher. Enquanto buscava ver o como estava ela, ouvi o grotesco julgamento que o Rapaz fez: "— Viu a besteira que tu provocaste? Se tu não tivesses aparecido, nada disto teria acontecido!"


(...)

Leiam mais em: https://clubedeautores.com.br/livro/diario-de-um-cristao-3

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