Com a ajuda do nosso irmão de fé Klyne[1],
pude pela graça de Cristo compreender a parábola da rede (Mateus 13:47-50) com
novos olhares. Quando li a parábola sem auxílio da compreensão dele, de
princípio, enxerguei somente que os anjos no juízo final, viriam e separariam
os justos dos ímpios. Pela graça de Cristo passei a enxergar estes versículos
de uma forma diferenciada, e gostaria de compartilhar convosco. É o seguinte: é
natural nós seres humanos desejarmos as coisas mundanas, afinal, é uma briga
entre a carne e alma. Porém, cometemos muitos pecados em não conseguirmos
repreender os desejos da carne, que fazem de tudo para que passemos a negar a
criação de Deus.
Jesus nos dá o exemplo do peixe,
portanto, para não fugir do contexto, também utilizaremos os versículos para a
nossa conclusão. Imaginem dois peixes, que desde sua mocidade, um sempre comeu
de tudo o que enxergasse pela frente, e o outro, sempre procurou ter uma vida
saudável, comendo apenas o necessário para a sua sobrevivência. Passando se o
tempo, o que comia de tudo que via, tornou-se um grande peixe, o qual, diante a
sua grandiosidade promovia respeito e admiração pelos demais, já o
pequeno, continuou saudável na mesma intensidade da sua mocidade, onde sua
estrutura corporal parecia um “gravetinho”.
Certo dia, apareceu um experiente
pescador, e lançou a sua rede ao mar. A rede rapidamente emergiu em direção a
profundeza do mar, e por questões de segundo, pluf, pluf. A rede capturou um
monte de peixes e advinha qual peixe chamou a atenção do pescador? Exatamente o
peixe mais respeitado do oceano, sim, exatamente, aquele que se dizia ser
melhor do que os demais.
O pescador, nem se importou com a fuga dos demais peixes, aonde
estes voltaram a ter a sua vida sossegada. Rapidamente ele pegou aquele peixe,
se dirigiu para sua casa, e sem pensar duas vezes, já iniciou o procedimento de
limpeza, rasgou-o daqui, lhe temperou-o dali, e quando o fogo já estava bem
quente, colocou na grelha e disse: “Tu até pode ter sido grande em relação aos
demais, mas para mim, tu não serás o suficiente para saciar a minha fome,
amanhã irei atrás de mais peixes igual a você. ”
Conclusão:
Irmãos, parem de desejar ser igual
aquele irmão que sabe cativar o mundo; parem de invejar aquele carro ou aquela
casa que fulano possui. Façam as suas escolhas voltadas para a humildade, e por
assim, as suas vidas serão poupadas igual o peixe pequeno, afinal, ele se
conteve e não foi igual ao que comia tudo sem pensar nas consequências. Lutem
contra os prazeres da carne e fiquem com Deus. Prefiram ser pequenos.
[1]
Klyne Snodgrass. COMPREENDENDO TODAS AS PARABOLAS DE JESUS. 9ª Impressão. Rio
de Janeiro: CPAD, 2017
Leiam mais em: https://clubedeautores.com.br/livro/diario-de-um-cristao-4
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