Minha tristeza não se resume apenas a
solidão em respeito ao falecimento da minha mãe, mas sim também, ao perceber
que estou sozinho em respeito de a Menina Mulher. Observo que és mais educada
com os outros do que comigo, é mais atenciosa com os outros, do que a mim, que
sou o seu namorado.
Está tudo doendo dentro de mim, onde
pensamentos dela, do meu pai, da minha família, dos meus amigos e das minhas
experiências estão me martelando por dentro. A Menina Mulher me ignora
constantemente; desliga o telefone alegando que a ligação está ruim, ou se
ouve, na maioria das vezes não está disposta a conversar comigo. Se outras
pessoas ligam para ela, atende com carisma. Quando peço que ligue confirmando a
sua chegada, esquece de mim, e por assim, preocupado busco notícias dela com
sua prima, afinal, são cúmplices em tudo.
Meu pai, mais uma vez está bêbado. Sua
velhice com cachaça, faz com que fale coisas repentinamente, ou que não saiba
falar pacificamente, e venha a me tratar como se fosse um dos seus problemas.
Estou cansado, estou tristonho, remoendo-me por dentro, guardando as dores para
que ninguém fique sabendo. Menina mulher, amo-te muito, mas muito mesmo. Como
queria que não apenas eu soubesse disto, mas também o mundo. Sei que muitas das
coisas que digo, são perturbadoras, que incomodam muita gente, inclusive a mim
mesmo. Desconheço o meu futuro, mas amor, pressinto que a minha conclusão final
(Morte) está perto, e sinceramente, não tenho medo dela. Caso um dia eu vá
antes do meu pai, por favor, compartilhe as cartas com ele, deixei-o ler os
meus desabafos, os meus textos, os quais, ele nunca se dispões a lê-los, e os
poucos que leu, considerou como bobagens minhas, que não possuem futuro.
(...)
Leiam mais em: https://clubedeautores.com.br/livro/diario-de-um-cristao-3
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